Lendo por prazer: Utopia ou Realidade?
Crianças lendo pelo simples prazer de entrar em contato com histórias e personagens é uma cena quase diária na Educação Infantil. Ao longo das etapas escolares, a prática vai se tornando menos frequente até se restringir a algumas aulas de Língua Portuguesa, principalmente nos Anos Finais do Ensino Fundamental.
“Curiosamente, quando entra o professor especialista, o livro perde espaço. É um paradoxo”, diz Marcelo Ganzela, coordenador da licenciatura em Letras do Instituto Singularidades.
A leitura literária amplia o repertório dos estudantes para que eles possam não apenas acessar o prazer da leitura, mas também reconhecer na arte formas de crítica cultural e política, entrando em contato com diferentes visões de mundo.
Protagonismo da Escola
Para assumir esse protagonismo e inserir os estudantes no universo leitor, o Anglo Alante se organiza para que o trabalho de leitura seja constante e se torne mais complexo ao longo do processo de escolarização.
Normalmente, é ao longo do Ensino Fundamental que se consolida o gosto dos alunos pela literatura. Essa relação pode partir, nos primeiros anos, de uma rotina em família, de um(a) professor(a) que incentive, e de visitas a bibliotecas, livrarias e bienais de livros, por exemplo.
À medida que os anos e a maturidade avançam, é possível aprofundar a experiência da leitura, acrescentando reflexões, como: aspectos de linguagem, temática e enredo, tipos de narrador, construção de personagens e foco narrativo, e desenvolver atividades que vão da leitura compartilhada à produção de resumos e resenhas críticas.
Aqui no Anglo Alante, os professores estão sempre ligados nas temáticas do mundo contemporâneo e no entorno dos estudantes. Assuntos do momento ou questões fundamentais podem ser discutidos com a turma e servir como ponto de partida para a escolha de títulos, além de estarmos sempre antenados com as exigências dos principais vestibulares.
O papel da família
O hábito de ler em conjunto, principalmente em família, envolve afeto e ajuda a construir sentido para aquela atividade. As crianças criam um vínculo especial com os livros que levam da biblioteca quando a família se envolve com essas leituras em casa, e sua participação nas rodas de conversa se torna muito mais rica.
Sabemos que é difícil competir com filmes, brincadeiras e redes sociais, pois a leitura demanda muito mais esforço e concentração dos pequenos. Mas ao descobrirem o prazer de ler, os estudantes entram em contato com inúmeras competências e habilidades importantes para a vida escolar e profissional, que contribuem para a criatividade, ajudam na capacidade de se expressar e abrem portas para novas perspectivas e possibilidades de aprendizado e compreensão do mundo.
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Escrito por:
Gilberto.neto